segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Injusto Político

Em momentos de eleição, me pego vez ou outra pensando sobre política, sobre políticos.

Me lembro de ler, certa vez, um relato do Osho onde ele afirma que para querer ser político (de profissão) o indivíduo tem que estar doente. Para mim, esta afirmação atinge vários níveis.

Primeiramente, a mais óbvia interpretação, tal indivíduo é doente porque abre mão de sua própria vida e subjetividade por uma suposta causa maior, de maneira caricata: para ser peça em algum esquema milionário ou por uma ilusão de herói salvador.

De fato este processo de "abrir mão da própria vida" ocorre, pois podemos notar como a saúde dos políticos se degrada durante os mandatos, principalmente quando estes estão em posições centrais. Mesmo com todo esforço de se esconder este processo degenerativo, ele é visível aos mais atentos. Mas porque isso ocorre?

Na esfera política institucionalizada não existem humanos, apenas máscaras. Não existe espontaneidade, existe manipulação. Não há espaço para flexibilidade, apenas para rigidez.

Dessa forma o campo político se torna uma doença institucional. Uma doença social. Muitos que lá entraram por sonhos de grandeza ou de justiça social se perderam num processo de buscar o poder. Queriam o poder para realizar algo, mas se esqueceram o que era, a busca pelo poder é o puro objetivo agora, um paradigma.

Com um sistema político que repele o indivíduo saudável - e onde quanto mais valores você tiver mais forte o sistema vai te abater - como faremos a transição? E agora José?

Tenho minhas respostas... mas agora quero apenas deixar a reflexão.

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