domingo, 28 de setembro de 2014

Relíquia

Vejo muitas frágeis pessoas que investem sua energia em parecer quem não são.
Todos confiantes, seguindo suas vidas, sabendo para onde vão.
De repente, o improviso do mundo os assola, e toda sua infiel segurança se quebra como cristal.
Como se o chão caísse, destruindo sua previsão de final.

Seu desespero se torna religioso, com raízes em lama ancestral.
Reproduzem, como num teatro, toda aberração parental.
Porém ao final, juntando os cacos de toda essa mundana convulsão.
Voltam a montar sua máscara e a vender sua perfeita ilusão.

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