Todos os nomes são rótulos
Quando damos nomes aos sentimentos rotulamos eles, porém sabemos rotular apenas em meia duzia de categorias.
Mas existem infinitos sentimentos. Cada um é único e deveria ter uma descrição, um olhar, uma expressão ("...palavras são erros...").
Isso porque precisamos que os outros entendam nossos sentimentos. O coletivizado é mais prazeroso e mais real.
Porém os sentimentos coletivamente reconhecidos são os que todos sabem rotular. E que normalmente são os mais extremos e antogonicos como Felicidade Tristeza.
Se eu sinto algo que não se encaixa no coletivo, é como a visão de um fantasma em um quarto escuro. Pode até ser que ele estava lá, mas normalmente vai ser ignorado pela falta da capacidade de intrepretação ou expressão do ocorrido.
Desta condição nascem muitas outras. Por exemplo:
- A necessidade de convivermos com pessoas sensíveis que expandam nosso repertório sentimental.
- A necessidade de evitarmos euforias coletivas que nos tiram a sensibilidade de sentimentos mais singelos, e que depois vão gerar frustrações. (Pois no fundo participar desta euforia é uma tentativa de se sentir vivo. Como a pessoa insensível fisicamente que só sente pancadas fortes, a pessoa insensível sentimentalmente busca sentimentos fortes para comprovar sua existência)
O compartilhar humano, que nos une e nos nutre, passou a ser tratado pela massificação.
A singularidade individual humana, que nos da sonhos e prazer, passou a ser criada como individualismo.
E massificação com individualismo gera algo perto da psicose, ao meu ver, pois as pessoas tentam viver momentos conjuntos através de sentimentos egoistas.
A criação desta roda-viva (ou seria morta?) esta muito bem retratada em http://indicapira.com.br/padrao.aspx?conteudo.aspx?idContent=5101, toda essa dialética das instituições macro e micro-sociais que cria o monstro descontrolado.
Um abraço!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
thanks, merry Christmas to you too!
Postar um comentário